ZEN DICAS & MUSICAIS
CIRCULO ZEN,
Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.
Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..
Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.
Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.
Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..
Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.
“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)
ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.
Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.
Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..
Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.
Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.
Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..
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“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)
ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.
NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!
Albert Einstein
Albert Einstein
circulo zen
13.3.13
1.1.12
16.12.11
COMO SERA 2012 ?
Nos últimos anos o cinema esmerou-se em produzir catástrofes que abalam as estruturas da visão popular, subvertendo o mundo das energias reais, prevendo um mal terrível e destruições. Ao contrário do que se pensa, 2012 não é o fim, mas sim uma data dentro do processo das tão esperadas e anunciadas transformações, onde se aproxima a entrada na Era de Aquário ou Aquarius. (Onde o Sol deixa de nascer na constelação de Peixes e no equinócio da primavera, passa a nascer na constelação de Aquário, previsto para próximo a 2060). Simbolicamente esta data perpetuada pelos Maias como ponto de referência para mudança dentro de um processo maior de transformação, que muitos dizem dela que é um possível final, outros um possível começo. Depende de nossas escolhas, de nossa sintonia e crença no bem ou no mal, como é dito claramente na profecia. Qual realidade você escolhe? Não acreditamos que os Maias tenham deixado uma mensagem de desespero, mas sim um alerta, para que possamos escolher nossa realidade, e possamos ver claramente onde estamos indo, mudarmos nossa consciência. As condições planetárias estão mudando, e mudarão cada vez mais... Então estamos sentindo os efeitos do aumento da frequência da energia. Tanto o bem quanto o mal estão à nossa volta, esperando nossas escolhas, para a evolução ou para a involução. E individualmente nossas escolhas afetam o todo. Temos dentro de nós este direcionador. Sabemos, lá no fundo do coração, o que está acontecendo afinal escolhemos estar aqui para aprender com nossas atitudes, pois não existe um Deus bom ou mal fazendo estas escolhas por nós, pois Ele é a vibração do melhor que há dentro de cada um de nós, ele está em nosso coração fazendo parte de nós. Mas como falar para pessoas que nunca pensaram nisso? O que é energia e aumento de frequência? Para o bom observador, as coisas à nossa volta já estão se transformando há algum tempo, e não há como negar. Direta ou indiretamente, estamos sentindo que tudo está mudando... Ouvimos que não há mais tempo e que é chegada a hora de transformar, há pelo menos dois mil anos... Então evoluímos para chegar neste ponto de desenvolvimento, finalmente buscar entender o que esta mensagem significa. 2012 é o ano de assumirmos uma nova postura definitivamente, para o bem, para o melhor, para a nossa evolução! Este ano possui regências muito similares, introspectivas e de escolhas individuais:
Na Astrologia, será um ano regido pela Lua, que nos remete à Introspecção, a Intuição, a Sensibilidade, a Sensitividade, despertando processos que estão no subconsciente para serem trabalhados, favorecendo o arrumar a casa no campo emocional. A Lua nos traz um transbordar de emoções que estão em nós, profundamente, mesmo para quem se diz insensível. Nosso foco tende a estar mais ligado ao círculo íntimo, envolvendo nosso tempo com o círculo familiar. Na Astrologia Chinesa será um ano do Dragão de Água, o mais altruísta de todos os Dragões. Espírito indomável, muito interativo, com simpatia e flexibilidade, com objetivos maiores do que aqueles que o plano material pode ver, será um ano de muita energia e de acontecimentos rápidos! O Dragão trará o espírito de conquista utilizando nossos potenciais, e também tende a ser um ano bastante próspero se não nos deixamos levar pelos ímpetos de negatividade momentânea. O Dragão de água nos impulsionará a optar, fazer escolhas conscientes, sejam elas quais forem, com vitalidade! O lado negativo da energia pode ser o excesso de otimismo nas empreitadas e a falta de foco, pois fazer muitas coisas ao mesmo tempo poderá nos dispersar se não tomarmos cuidado. Na Numerologia será um ano 5. Mudanças, transformações, novidades, novos interesses, espírito de liberdade. O Universo estará aberto para trilharmos novos caminhos, com desprendimento e alegria. Mas não será qualquer caminho, e sim algo que nos toca profundamente. Será mais fácil deixar algumas coisas que arrastamos para trás. Mas o lado negativo em contrapartida é a ansiedade, a dificuldade em realmente fazer suas transformações, ou mesmo transformar algo de forma irracional e irrefletida, então, a necessidade de estarmos conscientes desta energia se faz presente sempre neste ano.
No Tarô a correspondência deste ano é com a carta do Hierofante, o Papa. Sua representação é a do espírito humano que se eleva para compreender valores maiores espirituais, e compreender sua caminhada espiritual nesta encarnação. Impulsiona a vontade de maneira mais elevada, aliada aos princípios da alma, em busca de seu rumo espiritual individual e consciente.
Na regência dos Orixás, serão 4 energias de peso, mas a principal delas será Omulú. Um Orixá de transformação, Orixá da doença e da saúde, dono dos cemitérios. Mostra em sua energia de transformação a sua principal força neste ano, ajudando a curarmos nossa alma. Então, parece que a tônica deste ano é transformar! Para melhor, para a evolução, para as escolhas da alma, que possam fazer com que vejamos nosso espírito, nossa alma.
A pedra que favorecerá este despertar da transformação consciente é a Lepdolita Lilás. Lepdolita é uma variação na formação de Mica Lilás, com a diferença que sua cristalização é em forma de pequenas órbitas agregadas, capazes de conter a consciência espiritual. É essencialmente uma pedra de conexão aliada ao autoconhecimento, baseada no Amor Espiritual.
No Aspecto Físico, ela poderá nos ajudar a tratar efeitos indesejáveis, presentes neste período de transformações como a insônia e a ansiedade, ajudando a estabilizar o sono. Devido aos minerais que a compõe nos auxiliará em várias funções químicas do organismo no metabolismo e na absorção de nutrientes. Estes componentes ajudam também na desintoxicação e purificação do organismo, aliviando tensões e as sobrecargas. No Aspecto Mental, sua ação é de fazer a conexão profunda da mente com a alma. Capaz de integrar em ação prática a essência mais elevada de cada ser individualmente. É uma pedra que irá favorecer a mente mais clara e aberta, receptiva às novas ligações com o seu próprio ser. Traz a clareza e a objetividade com uma profunda ligação com a essência do amor universal. É a mente ligada ao cosmos, sem fantasias de espiritualidade, mas sim com a própria espiritualidade em conexão constante. Atua na clareza, na quebra das ilusões, na busca da verdade interior, no encontro da essência da alma. No Aspecto Emocional, ela faz a sintonia do coração com o cosmos, aceitando a perfeição divina existente no seu interior, elevando e suprindo energeticamente todas as camadas áuricas sutis. É de grande ajuda nos estágios de compreensão da missão presente ou da realidade que a pessoa veio cumprir, como caminho de vida, escolhido no astral. Então entendido este processo, o emocional estaciona-se a um elo acima na espiral, passando a ter um acesso definitivo e amplo com sua própria alma, e ao que veio realizar para sua evolução individual. No Aspecto Espiritual, sua essência maior, é capaz de conectar a pessoa às esferas superiores, à inteligência superior, à sabedoria da alma. Seu potencial é ligado à magia, à alquimia. É capaz de despertar o sentido da caminhada da alma através das encarnações, ou seja, faz a pessoa trazer para o presente, todas as experiências positivas adquiridas em outras vidas, em forma de fortalecimento e um sentimento profundo de capacidade de realizar tarefas, pois já está assim assumido por sua alma. É bastante interessante seu efeito, pois a pessoa passa a reconhecer na sua realidade como algo que já sabe que é, e sempre foi fácil modificar e encaminhar desta ou daquela maneira. Fácil e imediato em seus resultados. As respostas do Universo passam a ser imediatas, pois a ligação estará potencializada.
Bem, em linhas gerais é transformar, mudar para evoluir. Individualmente, com sabedoria e verdade, é o que vai ser exigido de nós na energia do próximo ano. Este é um ano para largar os apegos e as dificuldades, confiar em si, e mudar! Esta é a hora de tomarmos consciência e trabalharmos para isso efetivamente. Confiando em nossos potenciais e despertando por fim para um objetivo maior. Abandone posturas de meias verdades, assuma-se em seus sentimentos. Seja quem você realmente é! Aposte em você neste ano! Viva cada sonho, cada realização que tiver aí dentro da sua alma. Coloque seus potenciais em prática e acredite! Se seu coração estiver aberto ao que a vida lhe trouxer, a vida lhe corresponderá abrindo as novas portas.De coração a coração desejo sempre o melhor pra você!
Feliz 2012! Feliz transformação!
retirado: fabianofpereira.blogspot.com
7.12.11
MATERNIDADE, CONSCIENCIA E ESPIRITUALIDADE
Maternidade, consciência e espiritualidade
“Cuidar das coisas implica ter intimidade, senti-las dentro, acolhê-las, respeitá-las, dar-lhes sossego e repouso. Cuidar é entrar em sintonia com, ausculta-lhes o ritmo e afinar-se com ele”
“Cuidar das coisas implica ter intimidade, senti-las dentro, acolhê-las, respeitá-las, dar-lhes sossego e repouso. Cuidar é entrar em sintonia com, ausculta-lhes o ritmo e afinar-se com ele”
Leonardo Boff, Saber Cuidar, Pg 96
Mãe. Esta palavra foi por muitos a primeira palavra dita. Segundo o Dicionário Aurélio significa: “mulher ou qualquer fêmea que deu a luz um ou mais filhos. Fonte, origem.”
Mãe é fonte, é origem. Mãe está no início. Com a Mãe estabelecemos nossa primeira relação. Ainda no ato da fecundação, desde o início, o feto, a pessoa, se banha no mundo anímico da mãe.
Desde o início, mesmo quando muitas ainda não sabem que carregam outra pessoa no ventre, não existe limite entre o que é mãe e o que é feto. Tudo o que é de um chega ao outro, sempre. A gravidez se desenvolve e a mãe passa a ter consciência da existência de outro indivíduo, nomeia e “separa”, mas para o outro o sentimento de unidade continua. A primeira grande separação acontece no parto, mas a verdadeira separação entre mãe e filho é um processo que se desenrola ao longo de toda a vida e só acaba com a morte de um. Mas, talvez, nem mesmo lá.
O filho da barriga, “sangue do nosso sangue”, foi formado a partir das células da mãe e do pai, embalado ao ritmo da mãe e alimentado pelos sentimentos da mãe... Isso cria uma impressão de mundo. Desde já, o bebê, a pessoa, interage e é formado física e psiquicamente. Desde já vive sua história. Desde já vive e vive com.
Segundo Gary Yontef em Processo, Diálogo e Awereness: awereness, que eu vou traduzir aqui como consciência, é acompanhada de aceitação. Esta aceitação é o processo de conhecimento do próprio controle, é a escolha e a responsabilidade pelo próprio sentimento e comportamento. Diz ainda que sem isso a pessoa pode estar vigilante, mas não a ponto de discriminar o poder que tem e o que não tem. Uma awereness, ou consciência, funcionalmente completa equivale à responsabilidade. Ser responsável é ter a capacidade de ser “resposta-hábil”, ter a habilidade nas respostas com relação ao meio. A maternidade/paternidade traz a responsabilidade de educar uma criança e educar é como olhar no espelho. Tudo o que você é, de bom e de mau, de útil e descartável, aparece nele, na criança. A consciência a partir do momento em que estamos com uma criança pode nos levar a percepção de que esta é uma oportunidade maravilhosa de se conhecer melhor e de se transformar. Um convite para uma auto-educação baseada no amor e na confiança, baseada em um sentimento de unidade e na capacidade de se colocar no lugar do outro.
Mas o fato é que a maioria das crianças hoje é gerada por mulheres que vivem em um ambiente com alto nível de estresse, tanto físico como emocional, e depois são criadas por terceiros, pela escola, pela televisão, etc. Que qualidade de sentimento estas crianças absorvem? E quando imitam, quem são os modelos? As crianças imitam o caos do ambiente em que foram concebidas e em que vivem.
Os pais, quando enxergam este caos (crianças nervosas, mandonas, doentes, medrosas, medicadas, com dificuldade de aprendizagem) não se implicam. Não se vêem. Levam a criança para os melhores especialistas e delegam, mas uma vez, a responsabilidade e a consciência a terceiros estranhos.
Se pensarmos na população de baixa renda, o caos e a falta de consciência são ainda maiores.
Existe uma sutil, mas determinante diferença entre ser mãe/pai e ter um filho. Chegamos, mas uma vez, a tão famosa dicotomia ter e ser. Famosa, mas muito pouco sentida. Talvez a dimensão espiritual possa apontar para uma maneira especial de vivenciar o fato de trazer uma pessoa ao mundo.
Estou falando de um “estado de graça” – graça aqui como agradecimento. Nas épocas matriarcais a gravidez ocupava o ponto central da vida como garantia da continuidade da comunidade. Hoje ela é tratada como doença ou com negligência.
Quando um homem fecunda uma mulher - estou me limitando a seres humanos, mas podem generalizar - algo de mágico acontece, algo que não se explica. Não são somente células que de repente passam a se multiplicar organizadamente. É um ser vivo! Uma pessoa e sua história. Quero chamar atenção para o respeito e a veneração que devemos sentir ao lidarmos com este período da vida, onde absolutamente tudo é absorvido sem críticas, sem filtro. Uma mulher grávida não gera sozinha. Toda a comunidade está junto com ela e também gera esta criança. As mulheres grávidas precisam de tolerância, de compaixão, de carinho, precisam de espaços onde possam trocar experiências, onde possam ver e sentir o belo e o bom da vida. Mulheres grávidas precisam estar livres e bem acompanhadas.
A maternidade vivida ativamente transforma a mulher e o homem envolvidos com ela. Uma criança recém chegada traz consigo uma energia difícil de classificar e descrever. É uma energia tão forte e mágica que reagimos a ela. Nossa sociedade reage à mágica da chegada controlando, limpando, medicando, ensinando, negando. Mas quando temos a humildade de deixar que essa energia nos guie, podemos sentir uma pontinha da magnitude da vida e agradecer. O momento do parto e os primeiros momentos de vida de uma pessoa marcam o ápice deste processo. É o momento onde os limites físicos entre mãe e filho se instauram, mas é ao mesmo tempo o momento do encontro. O primeiro e mais belo dos encontros. Como diz o ditado popular: a primeira impressão é a que fica. Quando somos recebidos com tortura, seguimos torturando e sendo torturados pela vida a fora. Quando somos recebidos com amor e ternura não precisamos nos defender, nem resistir. Percebo que os bebês que nasceram naturalmente e tiveram seu momento de encontro com suas mães respeitado, são pessoas receptivas e ao mesmo tempo são donas de seus corpos. Colocam limites clara e amorosamente. São pessoas que não foram invadidas e agredidas logo que chegaram e por isso não temem o contato com o outro. É de pessoas assim que o mundo precisa.
Existe uma responsabilidade enorme implicada na escolha de ser mãe/pai hoje em dia. Vivemos um momento da história de humanidade onde não sabemos se daqui a vinte anos haverá água potável, não sabemos se a vida na terra ainda será possível. Portanto temos a responsabilidade de trazer uma pessoa para um mundo totalmente incerto.
Ao mesmo tempo, a geração que acaba de chegar terá como tarefa primordial limpar a sujeira que o século XX deixou. Então, precisamos assumir a responsabilidade de colocar na Terra pessoas diferentes, pessoas que já nasçam em e com um novo paradigma, onde o altruísmo, o sentimento de unidade, o holísmo e o pensamento sistêmico sejam naturais. E essa transformação começa em nós. Sabemos hoje que somos apenas uma parte de um enorme organismo vivo que se chama Terra. A Mãe-Terra está doente e nós somos os responsáveis por tudo, pelo fim e pelo recomeço. Pensando assim posso transformar este mundo.
Cada um de nós pode descobrir a sua maneira de contribuir para um mundo melhor, mais justo, menos violento, mais belo. Transformando hoje o máximo que minha responsabilidade alcança, tanto no micro (nossas relações familiares e cotidianas...) como no macro (através do trabalho, ou em busca por uma causa...) durmo em paz.
Ao convidar conscientemente uma alma nova para este mundo, ao recebê-la de maneira amorosa e respeitosa estamos contribuindo para uma humanidade fraterna como diz minha querida Eleanor Madruga Luzes.
(Texto escrito em 2005 para uma palestra no Instituto Gestalt em Figura no Rio de Janeiro)
Mãe. Esta palavra foi por muitos a primeira palavra dita. Segundo o Dicionário Aurélio significa: “mulher ou qualquer fêmea que deu a luz um ou mais filhos. Fonte, origem.”
Mãe é fonte, é origem. Mãe está no início. Com a Mãe estabelecemos nossa primeira relação. Ainda no ato da fecundação, desde o início, o feto, a pessoa, se banha no mundo anímico da mãe.
Desde o início, mesmo quando muitas ainda não sabem que carregam outra pessoa no ventre, não existe limite entre o que é mãe e o que é feto. Tudo o que é de um chega ao outro, sempre. A gravidez se desenvolve e a mãe passa a ter consciência da existência de outro indivíduo, nomeia e “separa”, mas para o outro o sentimento de unidade continua. A primeira grande separação acontece no parto, mas a verdadeira separação entre mãe e filho é um processo que se desenrola ao longo de toda a vida e só acaba com a morte de um. Mas, talvez, nem mesmo lá.
O filho da barriga, “sangue do nosso sangue”, foi formado a partir das células da mãe e do pai, embalado ao ritmo da mãe e alimentado pelos sentimentos da mãe... Isso cria uma impressão de mundo. Desde já, o bebê, a pessoa, interage e é formado física e psiquicamente. Desde já vive sua história. Desde já vive e vive com.
Segundo Gary Yontef em Processo, Diálogo e Awereness: awereness, que eu vou traduzir aqui como consciência, é acompanhada de aceitação. Esta aceitação é o processo de conhecimento do próprio controle, é a escolha e a responsabilidade pelo próprio sentimento e comportamento. Diz ainda que sem isso a pessoa pode estar vigilante, mas não a ponto de discriminar o poder que tem e o que não tem. Uma awereness, ou consciência, funcionalmente completa equivale à responsabilidade. Ser responsável é ter a capacidade de ser “resposta-hábil”, ter a habilidade nas respostas com relação ao meio. A maternidade/paternidade traz a responsabilidade de educar uma criança e educar é como olhar no espelho. Tudo o que você é, de bom e de mau, de útil e descartável, aparece nele, na criança. A consciência a partir do momento em que estamos com uma criança pode nos levar a percepção de que esta é uma oportunidade maravilhosa de se conhecer melhor e de se transformar. Um convite para uma auto-educação baseada no amor e na confiança, baseada em um sentimento de unidade e na capacidade de se colocar no lugar do outro.
Mas o fato é que a maioria das crianças hoje é gerada por mulheres que vivem em um ambiente com alto nível de estresse, tanto físico como emocional, e depois são criadas por terceiros, pela escola, pela televisão, etc. Que qualidade de sentimento estas crianças absorvem? E quando imitam, quem são os modelos? As crianças imitam o caos do ambiente em que foram concebidas e em que vivem.
Os pais, quando enxergam este caos (crianças nervosas, mandonas, doentes, medrosas, medicadas, com dificuldade de aprendizagem) não se implicam. Não se vêem. Levam a criança para os melhores especialistas e delegam, mas uma vez, a responsabilidade e a consciência a terceiros estranhos.
Se pensarmos na população de baixa renda, o caos e a falta de consciência são ainda maiores.
Existe uma sutil, mas determinante diferença entre ser mãe/pai e ter um filho. Chegamos, mas uma vez, a tão famosa dicotomia ter e ser. Famosa, mas muito pouco sentida. Talvez a dimensão espiritual possa apontar para uma maneira especial de vivenciar o fato de trazer uma pessoa ao mundo.
Estou falando de um “estado de graça” – graça aqui como agradecimento. Nas épocas matriarcais a gravidez ocupava o ponto central da vida como garantia da continuidade da comunidade. Hoje ela é tratada como doença ou com negligência.
Quando um homem fecunda uma mulher - estou me limitando a seres humanos, mas podem generalizar - algo de mágico acontece, algo que não se explica. Não são somente células que de repente passam a se multiplicar organizadamente. É um ser vivo! Uma pessoa e sua história. Quero chamar atenção para o respeito e a veneração que devemos sentir ao lidarmos com este período da vida, onde absolutamente tudo é absorvido sem críticas, sem filtro. Uma mulher grávida não gera sozinha. Toda a comunidade está junto com ela e também gera esta criança. As mulheres grávidas precisam de tolerância, de compaixão, de carinho, precisam de espaços onde possam trocar experiências, onde possam ver e sentir o belo e o bom da vida. Mulheres grávidas precisam estar livres e bem acompanhadas.
A maternidade vivida ativamente transforma a mulher e o homem envolvidos com ela. Uma criança recém chegada traz consigo uma energia difícil de classificar e descrever. É uma energia tão forte e mágica que reagimos a ela. Nossa sociedade reage à mágica da chegada controlando, limpando, medicando, ensinando, negando. Mas quando temos a humildade de deixar que essa energia nos guie, podemos sentir uma pontinha da magnitude da vida e agradecer. O momento do parto e os primeiros momentos de vida de uma pessoa marcam o ápice deste processo. É o momento onde os limites físicos entre mãe e filho se instauram, mas é ao mesmo tempo o momento do encontro. O primeiro e mais belo dos encontros. Como diz o ditado popular: a primeira impressão é a que fica. Quando somos recebidos com tortura, seguimos torturando e sendo torturados pela vida a fora. Quando somos recebidos com amor e ternura não precisamos nos defender, nem resistir. Percebo que os bebês que nasceram naturalmente e tiveram seu momento de encontro com suas mães respeitado, são pessoas receptivas e ao mesmo tempo são donas de seus corpos. Colocam limites clara e amorosamente. São pessoas que não foram invadidas e agredidas logo que chegaram e por isso não temem o contato com o outro. É de pessoas assim que o mundo precisa.
Existe uma responsabilidade enorme implicada na escolha de ser mãe/pai hoje em dia. Vivemos um momento da história de humanidade onde não sabemos se daqui a vinte anos haverá água potável, não sabemos se a vida na terra ainda será possível. Portanto temos a responsabilidade de trazer uma pessoa para um mundo totalmente incerto.
Ao mesmo tempo, a geração que acaba de chegar terá como tarefa primordial limpar a sujeira que o século XX deixou. Então, precisamos assumir a responsabilidade de colocar na Terra pessoas diferentes, pessoas que já nasçam em e com um novo paradigma, onde o altruísmo, o sentimento de unidade, o holísmo e o pensamento sistêmico sejam naturais. E essa transformação começa em nós. Sabemos hoje que somos apenas uma parte de um enorme organismo vivo que se chama Terra. A Mãe-Terra está doente e nós somos os responsáveis por tudo, pelo fim e pelo recomeço. Pensando assim posso transformar este mundo.
Cada um de nós pode descobrir a sua maneira de contribuir para um mundo melhor, mais justo, menos violento, mais belo. Transformando hoje o máximo que minha responsabilidade alcança, tanto no micro (nossas relações familiares e cotidianas...) como no macro (através do trabalho, ou em busca por uma causa...) durmo em paz.
Ao convidar conscientemente uma alma nova para este mundo, ao recebê-la de maneira amorosa e respeitosa estamos contribuindo para uma humanidade fraterna como diz minha querida Eleanor Madruga Luzes.
(Texto escrito em 2005 para uma palestra no Instituto Gestalt em Figura no Rio de Janeiro)
retirado: duartecarolina@blogspot
13.7.11
Eckhart Tolle - 2012 e o Fim do Mundo
Circulo Zen,
Sentem-se confortavelmente pois tem cerca de 1 hora de palestra.
Desejo que gostem.
Viva O Agora! Namaste.
Z.D&M.
Sentem-se confortavelmente pois tem cerca de 1 hora de palestra.
Desejo que gostem.
Viva O Agora! Namaste.
Z.D&M.
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